Astronomia bíblica - Os erros científicos encontrados na Bíblia


A Bíblia como um poço de erros científicos

A verdade é que a Bíblia, suposta “Palavra de Deus”, “infalível” e “verdadeiro guia de Deus para os homens” está "carregadíssima" dos mais graves erros científicos, há muito desmascarados pela Ciência e tal é inegável! Custa a crer que nos dias que correm alguém continue a dar crédito a um livro onde estão expostas as mais mirabolantes teorias anti-científicas há muito provadas como autênticas falácias.

Ignorando o óbvio

E o pior é que ignorem o fato de ser de todo estranho que o ser que ditou a bíblia (Deus), suposto criador de tudo o que existe, nem saiba tudo sobre a sua própria criação.

É estranho que a Ciência, de momento a melhor arma de conhecimento ao dispor dos imperfeitos seres humanos, consiga desvendar os mistérios da criação de uma forma melhor e mais aceitável que a do seu próprio criador!

Não se preocupe se pensa que vamos apresentar teorias científicas muito aprofundadas que não dominem, pois não há qualquer necessidade disso.

A verdade é que a Bíblia é de tal forma anti-científica que é facilmente refutada com o básico do básico da Ciência. Daí que a linguagem mantida nestes artigos seja simples e ao alcance de qualquer um.

Comecemos pelo “princípio”, sendo que o “princípio” nos é dado pela Astronomia, a ciência que estuda os corpos celestes e os fenômenos que se originam fora da atmosfera terrestre.

Obs: Será usada a Bíblia Evangélica nesta análise, nesse caso, a Bíblia On Line, pois são os Protestantes que em geral, têm assumido a postura de defender a validade científica Bíblica. Os Católicos não têm apresentado tal preocupação, mas se observarmos as mesmas passagens na Bíblia Católica, o resultado final tende a ser ainda mais desastroso.



Luz e escuridão como elementos distintos

Bíblia: Deus cria a luz (Gênesis 1:3) e separa-a das trevas (Gênesis 1:4), que já existiam (Gênesis 1:2). À luz Deus dá o nome de “dia” e às trevas dá o nome de “noite” (Gênesis 1:5).

Ciência: Não existe a luz nem as trevas (escuridão) como sendo duas coisas distintas no sentido da sua existência. A segunda (trevas) nada mais é do que a ausência da primeira (luz). Logo, seria impossível ambas coexistirem e serem separadas por uma ação inteligente. Usando uma analogia, imaginemos uma chávena em cima de uma mesa. Se isto se verifica, temos a presença de uma chávena em cima da mesa. Se a retirarmos, temos agora a ausência de uma chávena em cima da mesa e não a presença de uma não-chávena em cima da mesa.

O planeta Terra realiza dois tipos de movimentos, chamados de movimento de rotação (andando à volta do seu próprio eixo) e movimento de translação (órbita à volta do Sol). Para este caso apenas nos importa o movimento de rotação, pois é ele que nos demonstra a origem da luz e a que se deve a diferença entre o dia e a noite.

A Terra realiza um movimento de rotação completo mais ou menos a cada 24 horas. A esse período dá-se o nome de “dia” (falando em termos de calendário e não em termos de período em que existe claridade num determinado espaço). Durante esse período, todas a faces da Terra ficam voltadas para o Sol a determinado momento do dia (calendário) mas em alturas diferentes. Ou seja, quando uma face da Terra está voltada para o Sol o resto não está.

A luz terrestre que vemos durante o dia (período em que existe claridade num determinado espaço) é na realidade produzida pelo Sol, que ilumina a face da Terra que nesse momento para ele esteja virada, enquanto que a ausência dessa luz (que se verifica nas faces da Terra virada para o lado contrário onde a luz solar no momento se reflete) faz com que nestas seja de noite. Isto até que chegue ao período do dia (calendário) em que essas faces passem a estar voltadas para o Sol, que agora as ilumina, fazendo assim o dia (período em que existe claridade num determinado espaço) “nascer”.

Céu sólido funcionando como uma abóbada

Bíblia: Deus cria um firmamento sólido ao qual dá o nome de “céu” (Gênesis 1:6-8) que serve para separar as águas inferiores (oceanos, mares, rios, lagos, etc) das águas superiores, que estavam acima desse firmamento e de onde vinha a chuva.

O fato do céu ser um firmamento sólido (Jó 37:18) é demonstrado também quando Deus fica com medo que os homens construam uma torre tão alta (Torre de Babel) que lhes permita tocar no céu (Gênesis 11:4). Além de ser sólido, esse céu apresenta a forma de uma abóbada sobre a Terra (Jó 22:14, Amós 9:6), podendo ainda ser baixado pela vontade de Deus (Salmos 18:9).


Ciência: Não existem “águas superiores” acima do céu (o fenômeno que dá origem à chuva será melhor explicado no artigo dos erros científicos na Bíblia de acordo com as Geociências). E muito menos o céu serve para as separar como se de um teto se tratasse a separar o interior do exterior de uma casa.

O céu nada mais é do que a parte da atmosfera visível a partir de uma qualquer superfície, seja no planeta Terra ou noutro planeta qualquer. Como vivemos na Terra, vamos nos limitar à explicação do céu sob o ponto de vista terrestre.

O céu como podemos observar a partir do ponto onde estamos não é sólido mas contém muitos elementos sólidos (astros) e também todo o tipo de outros elementos invisíveis a "olho nu" (gases, etc).

Não é de todo fácil dar uma definição exata da palavra “céu”, pois tal pode ser analisado de diferentes primas, mas a Ciência rejeita de todo a ideia do céu ser algo criado como um teto a separar as águas “inferiores” terrestres das “superiores” (inexistentes do ponto de vista apresentado na Bíblia como sendo situadas acima do céu), visto que até aquilo a que a Bíblia chama de “águas superiores” estão na realidade bem contidas “dentro” do céu (e não acima deste).



A confusão com a natureza e função dos astros

Bíblia: Deus torna a separar o dia da noite (depois de já o ter feito anteriormente), mas desta vez a separação é regida por novos elementos por ele criados: os luminares (Gênesis 1:14-15). Deus cria dois grandes luminares, um maior e um menor, sendo que o maior ilumina o dia e o menor ilumina a noite (Gênesis 1:16).

Existe ainda uma profecia bíblica que indica que a luz do Sol de futuro terá uma intensidade sete vezes maior e que a luz da Lua será tão intensa quanto a luz do Sol é no presente momento (Isaías 30:26). A teoria de que a Lua produz luz é reforçava pelo próprio Jesus Cristo [que também não tinha conhecimentos astronômicos] numa profecia (Marcos 13:24).

Depois dos grandes luminares, Deus cria também os luminares menores, as estrelas (Gênesis 1:16). Todos estes elementos são colocados no interior do firmamento (Gênesis 1:17-18), abaixo das águas superiores, e todos eles têm a função de iluminar a Terra, uns de forma mais intensa que outros.

 Jesus também apoia a ideia de que o Sol e as estrelas pertencem a classes diferentes de elementos (Lucas 21:25).

Ciência: A primeira separação entre a luz e as trevas ocorre simplesmente pela vontade de Deus, sem qualquer fator externo a determiná-la. Por qualquer razão, volta a haver uma nova separação entre o dia e a noite, mas desta vez são-lhe atribuídos fatores, sendo que o “luminar maior” é agora o responsável pelo dia. Esta afirmação é correta e a esse “luminar” maior dá-se o nome de “Sol”, que se sabe ser, como já vimos, o responsável pela existência da luz do dia.

No entanto, a (mais fraca) iluminação que vemos ocorrer de noite é atribuída ao “luminar" menor, ao qual damos o nome de “Lua”, quando na realidade a Lua não tem luz própria e nada mais é do que a reflexão da luz que o Sol manda para a Terra, que é refletida na Lua e dá a impressão de que esta tem luz própria.

Além disso, a Lua também pode ser muitas vezes observada no céu mesmo na presença da luz do dia. No entanto, nessas ocasiões não é possível ver a luz solar a ser refletida na Lua. Isto tudo para dizer somente que a Lua não pode ter sido criada apenas para iluminar um pouco a noite, caso contrário não seria observada à luz do dia. Sendo por vezes observada durante o dia, o contrário também sucede durante a noite, ou seja, há alturas em que a Lua não é observada de noite (conhecido como “fase da Lua nova”). Isto acontece quando a face oculta da Lua (a que nunca é visível para a Terra) está a receber a luz solar reflectida, pelo que a face voltada para a Terra não recebe luz reflectida nesse momento.

Se a função da Lua segundo a Bíblia é iluminar a noite, fica estranha a noção de que, por vezes, a Lua “desaparece” ou só dá “meia luz” (no caso das fases de quarto crescente e minguante) do total que devia dar.

A Bíblia não explica tamanhos mistérios, algo que a Ciência consegue fazer na perfeição.

A Bíblia descreve os dois “grandes luminares” como pertencendo à mesma classe de objetos, sendo que as únicas distinções feitas entre eles é que um é maior e mais reluzente que o outro (Sol em relação à Lua).

Os restantes “luminares”,menores, são chamados de “estrelas” e são tidos na Bíblia como elementos distintos dos dois “grandes luminares”.

Na realidade, sabe-se que o Sol e a Lua são dois astros distintos, sendo o Sol uma estrela e a Lua um planeta, e tendo naturezas bem diferentes.

As estrelas são apresentadas na Bíblia como tendo natureza diferente do Sol, quando na realidade o Sol nada mais é do que mais uma estrela, igual a tantas outras. O que a Bíblia diz neste caso seria o mesmo que dizer que Deus criou o Big Mac e a seguir também os hamburgers. Na realidade, o Big Mac é simplesmente mais um tipo de hamburger.

Sabe-se também que, sendo o Sol uma mera estrela, não é obrigatoriamente maior que as restantes estrelas, sendo mesmo bem mais pequeno que outras estrelas conhecidas e observadas. A razão pela qual o Sol parece bem maior que as restantes estrelas dá-se simplesmente devido ao fato de ser de longe a estrela mais próxima da Terra e, portanto, a que nos parece maior em relação às restantes através de observação direta.


Comparação entre o Sol e as estrela conhecidas como Três Marias:

É ainda dito que estes astros são colocados no interior do céu, abaixo do nível das “águas superiores” cujo céu separa da Terra.

Apesar de ser verdade que, se considerarmos o céu como o nosso Universo, todos os astros observáveis a partir da Terra estão realmente contidos dentro deste, não é o que a Bíblia menciona, pois tenta transmitir a ideia de que acima do céu existe água.

Na realidade, é mais que sabido que a água que atinge a superfície terrestre em forma de chuva está bem abaixo de qualquer um dos astros visíveis a partir do nosso globo e que os astros observáveis estão todos bem acima daquilo a que chamamos de “atmosfera”.

Também a função para a qual na Bíblia foram destinados está errada aos olhos da Ciência. A Bíblia diz que os astros servem somente para iluminar a Terra.

A Bíblia coloca a criação destes astros como posterior à Terra, quando na realidade sabe-se bem que a maioria das estrelas observáveis na superfície terrestre já existiam antes desta (até porque um número considerável delas está extinta há milhões de anos e a sua luz apenas continua a ser observada pois esta demora milhões de anos a percorrer o espaço até chegar a nós).

Quanto ao Sol, pensa-se que tenha uma idade idêntica à da Terra (4.6 biliões de anos), visto que o Sistema Solar se formou todo mais ou menos na mesma altura a partir do colapso de uma nuvem molecular gigante que deu origem ao Sol e a todos os planetas que orbitam à volta deste (incluindo a Terra).

Quanto à Lua, apesar de fazer também parte do Sistema Solar, pensa-se que tenha sido originada há 4.53 biliões de anos a partir da colisão de um protoplaneta de tamanho idêntico a Marte com a Terra, passando a orbitar à volta desta. Ou seja, a Bíblia está certa ao afirmar que a Lua surgiu depois da Terra, mas falha redondamente ao relatar de que forma tal se deu.

Em suma, de maneira alguma estes astros foram criados com a função exclusiva de iluminar a Terra, visto que a sua existência a antecede e mesmo no caso do astro que a procede (Lua), este não tem luz própria, logo não serve para iluminar coisa nenhuma e tal fenômeno ocorre da maneira que já foi explicada acima.

Ainda para mais, apenas uma pequeníssima fração das estrelas existentes podem ser observadas a partir da Terra, pelo que algo não podia ser criado para iluminar o que quer que fosse quando nem sequer é visível no ponto onde nos encontramos.

A confusão com a força da gravidade



Bíblia: A Terra encontra-se suspensa sobre o nada por Deus (Jó 26:7). Os corpos celestes sujeitam-se ao mesmo campo gravitacional dos corpos terrestres. Certas profecias indicam que no futuro cairão estrelas do céu (Marcos 13:25, Apocalipse 6:13), sendo que uma delas atingirá a Terra ao cair sobre uma terça parte dos rios e as fontes das águas (Apocalipse 8:10).

Ciência: A teoria da gravidade diz-nos que objetos providos de massa se atraem uns aos outros. É através da gravidade que, por exemplo, os corpos celestes do Sistema Solar se mantêm em órbita em torno do Sol, sendo por este atraídos e sendo este o centro dessa respetiva força gravitacional.

Deste modo, a força gravitacional que mantém a Terra “suspensa” no espaço é a mesma que a faz movimentar-se à volta do Sol, não havendo nada de divino nisso, ao contrário do que afirma a Bíblia, que coloca a Terra como sendo suspensa por Deus e, na falta dessa suspensão, cai (atraída por que força gravitacional? Uma força gravitacional no centro do Universo?).

O planeta Terra contém o seu próprio campo gravitacional também, assim como todos os planetas, sendo que o valor dessa força gravitacional varia de planeta para planeta. Mediante a massa dos corpos terrestres, estes são inevitavelmente atraídos para o centro da Terra desde que não haja resistência nesse trajeto (como por exemplo o fato do chão nos impedir de sermos “sugados” para o centro da Terra ou o ar oferecer resistência como resposta ao bater das asas dos insetos e das aves e assim os impedir de cair enquanto eles realizarem esse movimento). É este processo que determina o peso que cada corpo tem, mediante a força maior ou menor com que é atraído para o centro da Terra.

Mas a Bíblia contraria esta lei, pois sujeita (neste caso) as estrelas ao campo gravitacional terrestre, como se estas fossem atraídas para o centro da Terra como os restantes corpos terrestres. É óbvio que só os corpos contidos no planeta Terra são atraídos pela sua força gravitacional, e nunca os astros que não só estão bem fora do alcance desta, como são bem maiores que esta (ao contrário do que está indicado na Bíblia, onde uma estrela cai na Terra e mesmo assim só ocupa uma terça parte dos rios).

Eclipses como manifestações sobrenaturais de origem divina



Bíblia: A nona praga do Egito corresponde a três dias de total escuridão para os egípcios (Êxodo 10:21-23). Uma profecia bíblica fala do Sol se escurecer e da Lua ficar manchada de sangue (Joel 2:31).

Ciência: A Ciência só conhece um caso específico em que existe escuridão total no céu quando era suposto ser de dia: quando se dá aquilo conhecido como “eclipse solar total”.

Este é um fenômeno muito raro que ocorre somente na fase da Lua nova e em média de 18 em 18 meses, sendo só observado em alguns pontos da Terra, visto que eclipses totais observáveis a partir de qualquer ponto desta só ocorrem em média de 370 em 370 anos. Apesar de tudo, não existe nada de sobrenatural neste fenômeno, sendo até explicado facilmente .

Um eclipse solar total ocorre quando a Lua, ao realizar a sua órbita, se interpõe entre a Terra e o Sol, ocultando na totalidade a luz que o Sol transmite para a Terra, provocando a escuridão semelhante à que se observa de noite na ausência da luz solar do dia.


Não se está com isto a querer dizer que foi o que aconteceu exatamente na praga do Egito, visto que nunca foi registado nenhum eclipse solar total com duração superior a somente 7 minutos e 29 segundos, muito menos existe qualquer prova científica de um fenômeno celeste que tenha provocado a escuridão total na Terra durante 3 dias seguidos. O que se está a querer dizer é que esta história bíblica (fictícia e inventada por humanos) tem por base relatos de eclipses totais do Sol, que obviamente jamais se poderiam compreender na altura, tendo sido adaptada a história fantástica.

Também é possível a ocorrência de eclipses lunares. O eclipse lunar varia em relação ao eclipse solar na medida em que, desta vez, é a Terra que encobre o Sol em relação à Lua, pelo que a luz solar deixa de se refletir nesta enquanto o fenômeno ocorre, adquirindo a Lua uma cor diferente da habitual, como por exemplo a cor vermelha. Ao contrário do eclipse solar, o eclipse lunar pode ser observado a partir de qualquer ponto da Terra, desde que aí seja de noite.


A Ciência sabe que no ano 2138 A.C. ocorreu um fenômeno bem documentado na Babilônia (cidade-estado da antiga Mesopotâmia, zona que hoje em dia corresponde a partes do atual Iraque, Síria, Turquia e Irão), que consistiu num eclipse solar total a 9 de Maio e um eclipse lunar a 24 de Maio. Tendo em conta que esta zona corresponde muitas vezes ao cenário bíblico, este fenômeno pode muito bem explicar no que os escritos bíblicos se basearam para indicar certas profecias.

Em suma, existem indícios fortes de que a Bíblia se baseou em fenômenos celestes puramente naturais mas de todo inexplicáveis na época, sendo-lhes atribuídas causas sobrenaturais onde a Ciência moderna hoje está apta a explicá-los da forma mais natural possível. A Bíblia mostra-se cientificamente errada neste ponto ao atribuir causas sobrenaturais a fenômenos que hoje se sabem ser puramente naturais.
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