Como Isaac da Bíblia Andressa Urach tenta sacrificar filho e é internada em clínica psiquiátrica, diz marido em vídeo


A ex-Fazenda está há duas semanas em uma clínica psiquiátrica depois de ameaçar sacrificar o próprio filho para oferenda religiosa

A ex-Fazenda Andressa Urach, está internada há duas semanas numa clínica psiquiátrica após um surto, em que teria ameaçado sacrificar o próprio filho em oferenda religiosa. A revelação foi feita por seu marido, Thiago Lopes, num vídeo publicado nas redes sociais. 

"Há duas semanas a Andressa Urach foi internada. Ela está na ala psiquiátrica de um hospital, porque ela teve um delírio psicótico místico, foi o que a médica falou assim que a recebeu. Não é um diagnóstico. Ela ainda estava com certa desconexão com a realidade", começou ele.

Segundo Lopes, "eles estão administrando os medicamentos e não tem previsão de alta".

Em outubro do ano passado, Andressa Urach revelou que sofria de transtorno borderline, o que explicaria suas mudanças radicais de comportamento, de uma hora querer ser crente e num instante seguinte desejar se prostituir. 

A situação quase acabou com seu casamento durante a gravidez. Seu marido chegou a ir com a polícia tirá-la da boate Gruta Azul, conhecida como o prostíbulo de Porto Alegre, em julho passado, durante a gestação de Leon.

"Além do borderline que Andressa foi diagnosticada, surgiram essas outras situações. Falta uma palavra final da equipe médica para saber do que se trata", continuou Thiago Lopes, ao revelar que a vida do filho correu perigo.

"Na noite da madrugada de sábado, a Andressa teve um surto psicótico aqui em casa, foi um episódio bem assustador. Chegou a colocar a vida do Leon em risco, a minha e da minha mãe. Durante o surto ela chegou a falar que o Leon seria o Isaac [da Bíblia], que eu oferecesse Leon como sacrifício. São coisas desconexas com a realidade. Foram várias coisas assustadoras que são tristes de falar", finalizou.

Leon é o segundo filho de Andressa, mas o primeiro com o empresário Thiago Lopes e tem apenas oito meses de idade.

A ex-dançarina do cantor Latino, que chegou a ser obreira da Igreja Universal, tem um filho mais velho de 17 anos, chamado Arthur, que ela renega.

Athur conseguiu sua emancipação após acusar Andressa de negligência e de quase deixá-lo morrer para passar um dia inteiro na Igreja em vez de levá-lo ao hospital, quando ele era pequeno e reclamava de dores intensas na barriga. 

"Eu estava com a minha vida em risco. Basicamente, quase morri por conta da fé fanática dela, depois ela fala que eu era prioridade, mas preferiu ir a um evento da igreja do que cuidar de mim quando eu estava passando mal", ele denunciou, numa gravação de vídeo divulgada em julho passado.

ASSISTA:


Flordelis é condenada a mais de 50 anos de prisão pela morte do pastor Anderson do Carmo

Filha biológica da ex-deputada também foi condenada pelo homícidio do pastor, em junho de 2019

A ex-deputada federal Flordelis e sua filha biológica, Simone dos Santos Rodrigues, foram condenadas pelo homícidio do pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019.

A ex-parlamentar foi condenada a 50 anos e 28 dias por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado, além uso de documento falso e associação criminosa armada. Enquanto Simone foi condenada a 31 anos e 4 meses de prisão por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado e associação criminosa armada.

Rayane dos Santos, neta biológica da ex-deputada, e Marzy Teixeira e André Luiz de Oliveira, filhos adotivos de Flordelis, foram inocentados.

A decisão foi tomada pela 3ª Vara Criminal de Niterói após mais de seis dias de julgamento em júri popular. De acordo com a denúncia do Ministério Público, Flordelis foi a responsável por planejar o homicídio do marido, além de ter convencido o executor direto e demais acusados a participarem do crime sob a simulação de ter ocorrido um latrocínio, tendo ainda financiado a compra da arma e avisado sobre a chegada da vítima no local em que foi executado.

Ainda segundo as investigações apontadas na denúncia, o crime teria sido motivado porque a vítima mantinha rigoroso controle das finanças familiares e administrava os conflitos de forma rígida, não permitindo tratamento privilegiado às pessoas mais próximas da ex-deputada em detrimento de outros membros da família.

Na sentença, a juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce menciona ainda que Flordelis é ré-primária, no entanto, sua culpabilidade se mostra acentuada “com alto grau de reprovabilidade e censurabilidade, posto que, tendo ciência inequívoca da ilicitude de sua conduta, não se intimidou com a prática do crime, com a audácia extremamente reprovável, planejando a execução brutal e fria da vítima, com diversos disparos, conforme de depreende do esquema de lesões e laudos acostados aos autos”.

“A ação criminosa evidencia, portanto, verdadeira e bárbara execução, caracterizando uma demonstração explícita de ódio. Os diversos disparos efetuados contra a vítima de 42 anos de idade, concentraram-se em regiões vitais como crânio, tórax e abdome”, diz outro trecho da sentença.

Destaca-se, ainda, que o bárbaro crime em tela trouxe grande abalo à sociedade como um todo, com repercussão que ultrapassou as fronteiras do país, diante da brutalidade que traduziu, descortinando a faixada de família perfeita que era pregada em especial nas igrejas coordenadas por seus integrantes e que se tornou conhecida internacionalmente por meio até mesmo de um filme

escreve a juíza

Seis pessoas já foram condenadas pelo crime

O Tribunal do Júri de Niterói já julgou e condenou seis réus envolvidos no caso da morte de Anderson do Carmo.

Flávio dos Santos Rodrigues, filho biológico de Flordelis, foi condenado a 29 anos de reclusão em regime fechado. Ele foi denunciado como autor dos disparos que provocaram a morte do pastor. Além dele, Lucas Cezar dos Santos de Souza, filho adotivo da ex-parlamentar, foi condenado a nove anos de prisão, acusado de ter sido responsável por adquirir a arma usada no assassinato.

No julgamento realizado em abril deste ano, quatro réus foram condenados. Adriano dos Santos Rodrigues, filho biológico de Flordelis, teve a sentença de quatro anos em regime semiaberto por uso de documento falso e associação criminosa armada. Marcos Siqueira Costa, ex-policial militar, e sua esposa Andrea Santos Maia, foram condenados a cinco anos em regime fechado e quatro anos em regime semiaberto, respectivamente.

Já o filho adotivo Carlos Ubiraci Francisco da Silva foi condenado pelo crime de associação criminosa armada a dois anos, em regime inicialmente semiaberto. Em abril, a Vara de Execuções Penais do TJRJ concedeu liberdade condicional a Ubiraci.

Relembre o caso

O pastor Anderson do Carmo era casado com Flordelis há 25 anos. Ele foi executado a tiros no dia 16 de junho de 2019, na garagem da casa onde morava com a família em Pendotiba, na cidade de Niterói, Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo os laudos dos peritos, foram identificadas 30 perfurações de de arma de fogo no corpo.

O Ministério Público (MP) denunciou a ex-parlamentar e mais dez pessoas pelo assassinato, em 2019. Na época, a pastora não teve sua prisão pedida por conta da imunidade parlamentar, que perdeu em agosto de 2021, quando foi cassada pelo plenário da Câmara dos Deputados.

De acordo com o MP, sete dos 55 filhos biológicos e adotivos de Flordelis estão envolvidos no crime, além de uma neta e outras duas pessoas. O órgão também afirma que a ex-deputada tentou manipular as testemunhas do processo que investiga o caso por diversas vezes.

(*Com informações de Lucas Rocha e Rafaela Lara, da CNN, em São Paulo)

VÍDEO: Pastora nega oração para crianças em UTI filhas de ‘crentes esquerdistas’


Uma pastora gravou um vídeo pedindo para fiéis “esquerdistas” não a procurarem para pedir orações para crianças que estão internadas na UTI e correm risco de vida. 

“Por favor, não me procurem mais para pedir oração para crianças que estão na UTI, crianças de seus amigos, primos, que estão correndo risco de vida”, diz a líder religiosa.

Após o caso viralizar nas redes sociais, Michelly Bezerra, de Sorocaba (SP), excluiu a publicação. Nas imagens, ela acusa o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de apoiar o aborto e a legalização das drogas. As informações são falsas e já foram desmentidas pela campanha do petista e por veículos de comunicação.

No vídeo, obtido pelo g1, a pastora diz que o recado é para “crentes esquerdistas”. 

“Não me peçam mais oração para que o senhor venha libertar o seu sobrinho das drogas, porque legalizando a maconha, pra mim, entendo que ele vai ter como incentivo se drogar a vida inteira”, afirma.

Michelly é apoiadora de Jair Bolsonaro (PL) e defendeu o presidente na gravação. 

“Não venha me dizer que vive a Bíblia e tem um compromisso com Cristo quando você usa de tanta ira para atacar um presidente da República que diz que o Brasil está acima de tudo e que Deus está acima de todos. Se houvesse amor no seu coração, você não atacaria”.

Nas redes sociais a pastora tem outros vídeos em que critica eleitores de Lula. Ela também defende os atos golpistas realizados por bolsonaristas contra o resultado das eleições, e diz que houve fraude nas urnas, o que não é verdade.

Veja o vídeo:


"Pastora" Flordelis chora durante julgamento

O julgamento da ex-deputada Flordelis começou com duas horas de atraso no Fórum de Niterói, no Rio de Janeiro. 

Em razão do número de réus, a expectativa é de que a sessão de julgamento seja interrompida por volta das 20h, sendo retomada às 9h do dia seguinte.

A defesa da ex-deputada promoveu uma ‘barreira humana’ para evitar que os réus fossem fotografados. 

Flordelis estava chorando bastante. 

Sem aplique, com cabelo curto e loiros, a ex-deputada usa camisa branca, óculos e chinelos.


Além de Flordelis, serão julgados também, os filhos Marzy Teixeira da Silva, André Luiz de Oliveira e Simone dos Santos Rodrigues, e a neta Rayane dos Santos Oliveira.

Eles são acusados da morte do pastor Anderson do Carmo, marido da Flordelis, executado a tiros em junho de 2019.

Guilherme de Pádua infartou no dia do aniversário de estreia da novela ‘Explode Coração’


As coincidências cercando a morte de Guilherme de Pádua estão circulando na internet. O ator, que assassinou Daniella Perez, faleceu no último domingo (6), vítima de um infarto. Há 27 anos, no dia 6 de novembro, estreava a novela “Explode Coração”, a primeira novela escrita por Glória Perez após a morte da filha.

Daniella foi assassinada em 1992, enquanto estrelava o folhetim De Corpo e Alma, também escrita por Glória. A justiça condenou Guilherme de Pádua, colega de elenco da atriz, e sua esposa na época, Paula Thomaz, pelo crime.

Outra coincidência está no nome da paródia criada em 1995 pelo programa humorístico Casseta & Planeta, chamada de Enfarta Coração. Em um tweet, com mais de 35 mil curtidas até o momento, um usuário escreveu: ‘Curiosidade sinistra: hoje é aniversário de estreia da novela que marcou o retorno da autora logo após a tragédia. Qual a novela? explode coração”.

E outro completou: ‘E advinha qual era o nome da paródia da novela no Casseta e Planeta?”. Felipe Neto também comentou sobre o detalhe. “Desculpa, mas o Guilherme de Pádua morrer de infarto exatamente no dia de estreia de “EXPLODE CORAÇÃO”, da Glória Perez, é a prova de que o Universo tem que ter algo a mais”.

Guilherme de Pádua morreu aos 53 anos após sofrer uma parada cardíaca e a notícia foi dada pelo pastor Márcio Valadão, líder da Igreja Batista de Lagoinha. No local, o ex-ator se tornou também pastor após a sua saída da prisão. Guilherme foi condenado a 19 anos e 6 meses de prisão, e cumpriu um terço da pena, ganhando liberdade em 14 de outubro de 1999.

“É um moço que a sociedade não compreende, porque ele praticou aquele crime tão terrível da Daniella Perez, foi preso, cumpriu a pena e se converteu. Era uma lagarta e virou borboleta. Dentro de casa, caiu e morreu. Morreu agorinha. Acabou de morrer”, disse Valadão em vídeo.

Morre "pastor" Guilherme de Pádua, assassino de Daniella Perez, aos 53 anos


Morreu, neste domingo (6/11), aos 53 anos, o pastor e ex-ator Guilherme de Pádua, assassino da atriz Daniella Perez. Ele teria sido vítima de um infarto fulminante.

A informação foi divulgada em uma live pelo pastor Márcio Valadão, da Igreja Batista da Lagoinha, onde o ex-ator se tornou pastor anos depois de executar friamente a atriz Daniella Perez, em 1992.

“É um moço que a sociedade não compreende, porque ele praticou aquele crime tão terrível da Daniela Perez, foi preso, cumpriu a pena e se converteu. Era uma lagarta e virou borboleta. Dentro de casa, caiu e morreu. Morreu agorinha. Acabou de morrer”, disse Valadão no vídeo.

Assassinato

Pádua assassinou a atriz Daniella Perez em 1992, com sua esposa na época, Paula Thomaz. 

Ele e Daniella faziam um par romântico na novela De Corpo e Alma, escrita por Gloria Perez, mãe de Daniella. 

Pelo crime, Pádua foi condenado a cumprir 20 anos de prisão por homicídio qualificado.

O assassinato voltou aos holofotes este ano, quando a HBO Max lançou um documentário sobre o caso. 

Na época, Pádua fez um vídeo se defendendo dos ataques:

“Minha reação natural é de me defender, qualquer um tem direito de resposta no mundo natural, mas eu não vivo mais no mundo natural. Todos os dias quando eu acordo eu me lembro que sou o Guilherme de Pádua, que tenho essa carga nas minhas costas, e toda manhã é uma luta”, disse em vídeo publicado na ocasião.

No vídeo publicado pelo ex-ator em seu canal do YouTube, ele manda um recado para Gloria Perez e Raul Gazolla, viúvo de Daniella.

“Sempre disse que o meu maior sonho era poder pedir perdão”, explicou. De acordo com Guilherme de Pádua, muitas pessoas duvidavam que ele realmente tenha se arrependido de ter cometido o crime. Por conta disso, ele estava gravando o vídeo para a autora de novelas.

Após derrota de Bolsonaro, Macedo defende perdão a Lula e diz que vitória foi ‘vontade de Deus’

Vídeo no final da postagem 

O bispo Edir Macedo, líder de uma das igrejas evangélicas que fizeram oposição ferrenha a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), defende agora que a posição mais cristã é perdoar o presidente eleito e "bola pra frente".


"Não podemos ficar com mágoa, porque é isso que o diabo quer", afirmou o fundador da Igreja Universal do Reino de Deus.

"O diabo quer acabar com sua fé, com seu relacionamento com Deus por causa de Lula ou dos políticos. Não dá, não dá, minha filha, bola pra frente, vamos olhar pra frente."

A modulação no discurso foi feita numa live que o bispo postou em suas redes sociais. No vídeo, Macedo disse que orou por Jair Bolsonaro (PL), mas que a vitória de Lula foi uma escolha divina.

"Eu orei, ‘ó, Deus, quero que Bolsonaro ganhe’. Mas seja feita Vossa vontade, sobretudo, porque o Senhor é quem manda."

O ex-presidente que voltará para um terceiro mandato "supostamente ganhou segundo a vontade de Deus, mas quem ganhou fomos nós, os que cremos", afirmou o líder neopentecostal.

Macedo iniciou sua fala contando de um culto na véspera, em Genebra, em que a mensagem central foi o perdão. "Falamos que as pessoas devem perdoar para que possam ser perdoadas. É o que Jesus ensina, o que nós cremos."

Segundo o bispo, por carregarem muita mágoa e ressentimento, muitos têm dificuldade de perdoar, "e quanto mais tempo passa, mais difícil vai ficando".

Em seguida, ele afirmou que "não precisa sentir para perdoar", porque "o perdão é uma atitude pensada, raciocinada, é uma atitude racional, porque se você esperar sentir, no coração, vontade de perdoar, você não vai perdoar nunca, jamais, em tempo algum, porque o coração é indomável".

Desculpar alguém que lhe feriu é possível, sim, portanto. "Mas como? Orando pela pessoa que nos fez mal."

Ex-aliado de Lula que em 2018 endossou o bolsonarismo, Macedo contou que, na reunião, uma fiel trouxe o tema político à tona: "Todo mundo ouve ela gritar, ‘eu perdoo você, Lula, que fez tanto mal para o Brasil, que fez o que fez’".

"E aí me veio o discernimento de quantas pessoas neste Brasil ou pelo mundo afora, especialmente cristãos, quantos devem ter ficado irados contra o Lula e magoados e agarraram um sentimento de mágoa contra ele. Ora, minha amiga e meu caro amigo, vamos colocar a cabeça no lugar, nós fizemos as nossas escolhas. Ei, e a escolha foi da maioria, obviamente, que votou."

Completou: "Sua fé não vai valer de nada se você não perdoar".

Em 2018, Macedo a princípio optou por endossar Geraldo Alckmin. Declarou voto em Bolsonaro de última hora, quando ficou claro que o ex-governador paulista, hoje vice de Lula, não tinha chances naquele pleito.

A opção por perdoar Lula é vista como fisiológica por pares evangélicos. Após o triunfo lulista, vários pastores bolsonaristas baixaram o tom e lembraram que a Bíblia manda orar pela autoridade constituída, mas a sinalização de Macedo subiu alguns degraus nessa benevolência com o homem que até ontem era defenestrado por praticamente todas as lideranças de expressão nacional do país.

Presidente da bancada evangélica, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) diz que Macedo "só esqueceu de uma parte da Bíblia".

"Você só pode perdoar quem reconhece o pecado e pede perdão. Ele já quer perdoar o cara que nem reconheceu que pecou?"

Sóstenes pertence à igreja do pastor Silas Malafaia, que tem lá seus atritos com Macedo. Em 2020, Malafaia acusou a Universal de fazer um "jogo estratégico nojento" ao respaldar Kassio Nunes Marques para o Supremo Tribunal Federal.

Evangélicos, na época, defendiam a nomeação de um dos seus para a cadeira, desejo atendido com a chegada de André Mendonça à corte.

Sacerdote é hostilizado em bloqueio: “Se é padre, é petista”


 Sacerdote é hostilizado em bloqueio em SC: “Se é padre, é petista”

A SC-108, entre as cidades de Forquilhinha e Meleiro, no Sul de Santa Catarina, foi uma das primeiras rodovias estaduais bloqueadas em Santa Catarina, ainda na noite de domingo (30), por conta dos atos antidemocráticos que vêm sucedendo o segundo turno das eleições presidenciais. 

Um fato curioso, para dizer o mínimo, chamou a atenção na rodovia durante a manhã de terça-feira (1º/11).

Um padre, que preferiu não se identificar por temer represálias, foi abordado na barreira e, mesmo explicando que estava viajando para atendimento religioso em uma cidade vizinha, não lhe foi permitido seguir viagem.

“Me perguntaram se eu era um padre cristão. Eu sou padre há 49 anos, servindo a Igreja”, disse, atônito com o bizarro questionamento. “Se é padre, é petista”, respondeu outro elemento.

Escola religiosa indenizará aluna roqueira por bullying: “queimar no fogo do inferno, abraçada com o diabo”

Por gostar de rock, vestir camisetas de bandas e usar acessórios desse universo, uma aluna de instituição de ensino de cunho religioso de Florianópolis/SC, sofreu bullying tanto por alunos quanto por professores. Pelos danos, a instituição de ensino terá de indenizá-la em R$ 15 mil. Assim decidiu a 7ª câmara Civil do TJ/SC. O colégio também foi condenado a ressarcir a estudante por despesas comprovadas com tratamentos psicológicos.

Conceito de bullying

Ao decidir, a relatora do caso no TJ, desembargadora Haidée Denise Grin, tratou de conceituar o quadro relatado pela estudante na ação de reparação de danos materiais e morais ajuizada perante a 1ª vara Cível da comarca da capital, no que valeu-se da lei 13.185/15.

“Considera-se intimidação sistemática (bullying) todo ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo que ocorre sem motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando dor e angústia à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.”

No seu entender, da leitura atenta dos autos, foi exatamente o que ocorreu com a menina, a partir de março de 2011, no ambiente escolar.

Pelo fato de a estudante gostar de rock, a violência era praticada pelos mestres e por seus próprios colegas. Um professor chegou a arrancar seu headphone enquanto ela aguardava sua mãe no portão do colégio. Outro, em plena sala de aula, na frente dos demais alunos, chegou a dizer que, por ouvir rock, ela iria queimar no fogo do inferno, abraçada com o diabo”.

Esta situação fez com que a aluna desenvolvesse um sério quadro de fobia de salas de aula, pois não queria mais estar com a sua turma e sentia-se angustiada e receosa, como se esperasse pela próxima agressão de um colega ou professor. Ela registrou inclusive quadro de automutilação. A família acabou por transferi-la para outra escola.

"Instituição nada fez"

A instituição de ensino, em sua defesa, negou os fatos, disse ter ciência de fato isolado, negou que foi procurada pelos responsáveis da garota e afirmou que a mudança de escola atendeu necessidade da família, que teria se mudado para outra cidade. Uma testemunha ouvida nos autos, contudo, disse que não houve mudança de endereço.

“Denota-se, assim, que as provas constantes no acervo processual são suficientes para demonstrar que a apelada (...) foi vítima de bullying em ambiente escolar e que a instituição de ensino nada fez para interromper o cenário narrado. Os inúmeros atestados médicos indicam que os problemas psicológicos (...) iniciaram em decorrência do bullying de que foi vítima no colégio, fazendo com que a apelada fosse submetida a tratamento com psicólogos e medicamentos controlados”

Assim, registrou a desembargadora Haidée, ao confirmar a decisão de 1º grau. Seu voto foi acompanhado de forma unânime pelos demais integrantes do órgão julgador.

Informações: TJ/SC.

Grupo religioso é multado por má-fé em ação contra especial do Porta dos Fundos


Se o próprio Supremo Tribunal Federal já reconheceu a lisura de um vídeo com críticas humorísticas ao cristianismo, tentar impedir a veiculação de um novo vídeo semelhante caracterizaria censura.

Com esse entendimento, a 11ª Vara Cível do Foro Central de São Paulo negou um pedido para impedir a divulgação do especial de Natal de 2021 do grupo humorístico Porta dos Fundos.

O Centro Dom Bosco, associação de leigos católicos responsável pela ação, foi condenado a pagar uma multa por litigância de má-fé no valor de 3% sobre o valor atualizado da causa, em favor de cada parte contrária, além de indenizar pelos prejuízos sofridos e arcar com honorários e despesas efetuadas. O montante será apurado na fase de liquidação.

Contexto
O especial em questão consiste em uma animação satírica sobre a adolescência de Jesus Cristo. O Centro Dom Bosco acionou a Justiça contra o conglomerado de mídia Paramount e o canal MTV, que exibiram o programa. Segundo a associação, o conteúdo zombaria dos valores e das tradições cristãs.

MTV, em sua defesa, alegou que a autora litigaria em má-fé e pregou respeito à liberdade de expressão e proteção ao humor. Segundo o canal, o especial não violaria nenhuma norma constitucional ou infralegal.

Em dezembro do último ano, a mesma vara já havia negado o pedido liminar de exclusão da produção.

Fundamentação
Para o juiz Luiz Gustavo Esteves, o conteúdo da animação "não se trata de discurso de ódio, mas de uma sátira, por mais questionável que seja a qualidade da produção".

Ele lembrou do inciso IX do artigo 5º da Constituição, segundo o qual "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença".

O especial de Natal do Porta dos Fundos de 2019 também já foi questionado judicialmente pela mesma associação. Sua veiculação chegou a ser suspensa por decisão liminar no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Mais tarde, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, restabeleceu a exibição. A decisão foi mantida pela 2ª Turma no ano seguinte.

Naquela ocasião, o entendimento foi de que a obra não incitaria violência contra grupos religiosos. Na verdade, seria uma mera crítica a elementos do cristianismo.

Esteves lembrou deste fato e ressaltou que o STF "já havia sedimentado a lisura na divulgação de vídeo com conteúdo semelhante, sendo que a tentativa de impedir tal veiculação caracterizaria censura".

O juiz ainda observou que o Centro Dom Bosco chegou a ajuizar diversas ações contra o Porta dos Fundos, mas não obteve sucesso. Por isso, em seguida, voltou suas forças contra os meios que disponibilizam tal conteúdo, "em verdadeiro assédio processual contra tais empresas, o que caracteriza sua má-fé".