O parlamentar entrou em contato nesta manhã com o ministro e informou que irá se posicionar oficialmente sobre o episódio nesta quarta-feira (23), dando 24 horas ao ministro para se explicar sobre o episódio.
No meio da tarde, o ministro se posicionou, em nota.
Nesta terça-feira (22), o jornal “Folha de S.Paulo” divulgou áudio atribuído ao ministro no qual ele diz que o governo federal prioriza prefeituras cujos pedidos de liberação de verba foram negociados por dois pastores evangélicos.
Em caráter reservado, integrantes da bancada evangélica criticaram a declaração atribuída ao ministro e partidos de oposição prometeram apresentar representações pedindo a investigação do episódio.
No Palácio do Planalto, assessores do governo consideraram o caso grave e avaliaram que a permanência dele no posto está condicionada à explicação pública esperada para esta terça-feira (22).
Com o agravamento da crise política, integrantes do bloco do centrão já defendem que Bolsonaro nomeie para o cargo um nome indicado pelo bloco partidário.
Segundo integrantes da bancada evangélica, a indicação do ministro não partiu da frente parlamentar, mas do hoje ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) André Mendonça.
Na época, o favorito do grupo era o reitor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Anderson Correia.
Ministro nega ter favorecido pastores
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, disse nesta terça-feira (22) que não favoreceu pastores na distribuição de verbas da pasta.
“Diferentemente do que foi veiculado, a alocação de recursos federais ocorre seguindo a legislação orçamentária, bem como os critérios técnicos do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE). Não há nenhuma possibilidade de o ministro determinar alocação de recursos para favorecer ou desfavorecer qualquer município ou estado”, diz trecho da nota obtida em primeira mão pela analista da CNN Thais Arbex.