O GOLPE TÁ AÍ...
Filha da apresentadora Xuxa e o marido, que é cantor gospel, entregaram fortuna para homem que se veste de árabe e promete 8,5% de juros ao mês. Ele foi parceiro do pastor Silas Malafaia em empresa de “valores cristãos”
Sasha Meneghel, filha única da Rainha dos Baixinhos, a apresentadora Xuxa, e seu marido, o cantor gospel João Figueiredo, levaram um golpe de R$ 1,2 milhão num esquema de “pirâmide” disfarçado de “aluguel de criptomoedas”, que teria sido aplicado por Francisley Valdevino da Silva, que prefere ser chamado de Francis e atende pela alcunha de “Sheik” (dos Bitcoins). Eles se conheceram num culto evangélico e a partir dali passaram a tratar dos “investimentos”.
Francis, ou “Sheik”, é ligado ao campo evangélico e tinha grande influência nesse segmento religioso. Ele estimulava a transferência dos valores para “aplicações” prometendo até 13,5% de juros ao mês, um valor absolutamente irreal no mercado financeiros, onde boas aplicações, com o aumento das taxas de juros, têm obtido em torno de 1%. No caso do golpe aplicada em Sasha, a promessa era de um retorno de 8,5% ao mês.
A empresa constituída pelo acusado, que é investigado pela Polícia Federal por suspeitas de fraude contra o sistema financeiro nacional, a Rental Coins, segundo reportagem do diário carioca O Globo, teria também aplicado golpes em vários pastores e fiéis. Os processos movidos contra “Sheik” estão sendo correndo na 14ª Vara Cível da Justiça do Paraná.
Sócio de Silas Malafaia
Francisley Valdevino da Silva, o Francis, ou ainda “Sheik”, é tão influente e bem articulado no mundo evangélico que foi sócio do pastor bolsonarista ultrarradical Silas Malafaia numa empresa de “marketing de relacionamento multinível”, a AlvoX, que dava cursos na área de tecnologia para pessoas que querem se tornar empreendedoras em negócios com “valores cristãos”.
Malafaia teria ficado muito impressionado com o “sucesso” de “Shiek” em várias igrejas, quando ele pagava nos primeiros meses após o “investimento” juros exorbitantes aos fiéis. No histórico do acusado, que já viveu nos EUA e que teve outras empresas no Brasil, há centenas de CNPJs, as chamadas “empresas de prateleiras”.