Uma análise do Observador Folha/Quaest, que monitora mais de 1.200 grupos de WhatsApp durante o período eleitoral, mostrou que Michelle Bolsonaro tem o apoio de apoiadores do presidente, mas sem consenso.
A postura da primeira-dama em relação a religiões de matriz africana gerou críticas até entre os bolsonaristas, que nas últimas semanas apontaram erro da parte dela ao ligar oponentes do marido ao demônio.
Entre 18 de julho e 22 de agosto, a Quaest verificou 360 mil menções relacionadas à mulher de Jair Bolsonaro (PL) e à socióloga Rosângela Silva, a Janja, esposa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 721 grupos políticos, tanto de direita quanto de esquerda.
Foi feita também uma “análise de sentimento”, que consiste em identificar se o conteúdo das mensagens é negativo, de críticas/ataques, ou positivo, de elogios/apoio.
Em grupos bolsonaristas, Michelle tem 63% de apoio e 37% de críticas, sendo a fatia negativa a que inclui mensagens relacionadas à intolerância religiosa. “Não entendi por que a primeira-dama precisa postar uma coisa dessas”, diz um comentário. “Esse tipo de conduta só reforça mais ainda a intolerância às religiões de matriz africana”.
Em grupos bolsonaristas, Michelle tem 63% de apoio e 37% de críticas, sendo a fatia negativa a que inclui mensagens relacionadas à intolerância religiosa. “Não entendi por que a primeira-dama precisa postar uma coisa dessas”, diz um comentário. “Esse tipo de conduta só reforça mais ainda a intolerância às religiões de matriz africana”.
Outras mensagens frisam que “nossa primeira-dama está aí servindo à intolerância religiosa”, “o que a primeira-dama fez foi inadmissível”, “falar que o Palácio [do Planalto] já foi dos demônios é um exagero” e “o que Bolsonaro e Michelle fazem com esse negócio de religião é uma completa intolerância e desrespeito com a opinião e religião alheia, é muita covardia”.
Em grupos pró-Lula, Michelle teve 97% de menções negativas. Já Janja, recebeu 88% de críticas em grupos bolsonaristas, o que corresponde a 72 mil mensagens.
Em grupos que apoiam a eleição do petista, 96% das menções a Janja eram positivas. Considerando todas as citações, Michelle foi mais lembrada e mencionada em 171 mil conteúdos. Enquanto isso, Janja teve 116 mil.
Em grupos pró-Lula, Michelle teve 97% de menções negativas. Já Janja, recebeu 88% de críticas em grupos bolsonaristas, o que corresponde a 72 mil mensagens.
Em grupos que apoiam a eleição do petista, 96% das menções a Janja eram positivas. Considerando todas as citações, Michelle foi mais lembrada e mencionada em 171 mil conteúdos. Enquanto isso, Janja teve 116 mil.
O número de comentários em que as duas foram mencionadas corresponde a 73 mil.