Adotar um filho, ou uma filha, não é um processo simples, de fato, é completamente o contrário.
Mas, para os missionários presbiterianos, Aaron e Rachel Halbert, não havia processo burocrático suficientemente chato e desesperador que pudesse fazê-los mudar de ideia.
Até antes de se casar sabiam que queriam adotar filhos.
Além disso, entendiam que as crianças morenas e negras são menos propensas a ser adotadas e por isso decidiram levar bebês negros para casa.
Deste modo, visitaram uma agência de adoção no Mississipi e adotaram um menino e uma menina, ambos afro-americanos.
Depois da adoção, eles já não planejavam ter mais filhos, mas escutaram sobre o Centro Nacional de Doação de Embriões.
Lá existem embriões doados que costumam ser destruídos ou entregues à pesquisa científica. Além disso, podem ser utilizados pelos casais que têm dificuldades para ter filhos de forma natural.
Ambos queriam aumentar sua família e Rachel pediu para implantarem-na dois embriões gêmeos afro-americanos.
Mas, algo aconteceu durante a gravidez, um dos embriões se dividiu em 2 e Rachel teve trigêmeos na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do hospital.
Aaron cresceu como um menino de missionários evangélicos em Honduras, muito consciente da diversidade racial sendo um menino branco de olhos azuis.
Por outro lado, Rachel cresceu no delta do Mississipi, e o preconceito racial só foi lhe apresentado quando viajou ao Haiti.